19.7.10

Pobre coração

Pobre coração...
Tão cansado de amor, tão cansado de ilusão... volta a se entregar.
E mais uma vez, dá-se para alguém que não sabe amar.
Vai pisar, massacrar, machucar.
Já escuto o choro e atenta, aparo as lágrimas ainda não derramadas, que o chão irão molhar.
Ouço músicas que, em boa hora, não haveria de escutar.
É a solidão...

15.7.10

Na caixa


Aprendi a afastar de mim o que não presta. Coloquei numa caixa tudo aquilo que não ia me servir. Joguei fora falsas amizades, inveja alheia e todas as decepções que já tive. Juntei as respostas que nunca foram dadas, as falsas esperanças e as palavras que da boca nunca deveriam ter saído. Não sobrou muito espaço; mas veja que engraçado, nesse pequeno pedaço coube direitinho você, PALHAÇO!


(desculpem meu texto e a imagem. puro desabafo)#

9.7.10

Sou.

Sou música alta e silêncio. Luzes na escuridão. Ora passo ora corrida. Rapidez e lentidão.Decidida e insegura. Companhia e solidão. Tolerante e impaciente. Sou o riso do chorão. Falo muito quando tímida. Presto atenção sem olhar. Sou graça, lágrima e serpentina. Lugar nenhum, qualquer lugar.

4.7.10

Por que és amor

Por que és amor
De diferente forma
Habitando corpo e alma, numa só voz.
És abrigo, caminho e labirinto
Que faz de mim perder para não mais encontrar.
És verdade, pureza e liberdade
Preso dentro de mim, temendo outrora pecar.
És vida, clareza e ilusão
Andando na contramão sem ao menos contornar.

Ah rendição!
Com tanto amor e afeição
Tanta dor e aflição
Eis de mim aqui então...

Para em teu leito derradeiro, seres de tu, primeiro, granjear meu coração.
Por que és amor (por mais difícil que isso seja)
De diferente forma (calçadas nuas, ruas tortas)
Gritando de corpo e alma, habitando numa só voz.